O doutorando brasileiro Dálcio Reis Júnior, da área de Economia Gestão e Engenharia Industrial,na universidade de Portugal dirigiu um estudo que aponta como deve ser a gestão de liderança: o líder “deve ter perseverança, paixão, integridade e humildade combinada com ambição. Deve ainda ser capaz de reconhecer padrões, definir um futuro desejado para a organização e canalizar os esforços dos colaboradores para tal futuro”, explica Arménio Rego, professor-orientador do brasileiro.
O estudo foi realizado com 591 empregados de uma rede varejista de 68 lojas no Brasil. Os resultados demonstram que o comportamento do líder favorece o clima corporativo e o resultado dos negócios. Os melhores resultados foram verificados nos estabelecimentos com melhores lideranças.
“O que o líder faz é mais importante do que aquilo que diz. As ações comunicam mais do que as palavras. Líderes competentes, sérios, empenhados, respeitadores, perseverantes, honestos, otimistas, resilientes [com capacidade de lidar com problemas] e confiáveis aumentam as possibilidades de sucesso”, explica Dálcio Reis Júnior.
Para os pesquisadores o ambiente corporativo propiciado pela gestão de liderança tem importância complementar à remuneração. “Um salário digno é crucial. Transmite ao colaborador o quanto a organização valoriza o seu trabalho. E é um fator promotor da autoestima. Mas o salário incrementa, sobretudo, a motivação extrínseca. Para incrementar a motivação intrínseca, é necessário que o trabalho faculte oportunidades para a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal seja suficientemente desafiante mas não excessivamente estressante, ajude a satisfazer necessidades sociais e de pertença, e seja significativo e útil”, enumera Arménio Rego.
Fonte: Administradores