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7 características de um empreendedor corporativo

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7 características de um empreendedor corporativo

Nem sempre o empreendedor está à frente de negócios como um empresário. Muitas vezes, ele pode estar dentro das empresas como funcionário, sendo conhecido como empreendedor corporativo. 

Empreendedores corporativos são colaboradores que colocam o empreendedorismo em prática nas empresas. O empreendedor corporativo tem práticas de dono do negócio e trabalha para fazer a empresa crescer e dar certo além do básico.

Necessariamente, incomodados com a situação atual, os empreendedores corporativos buscam melhorar a empresa inovando, questionando o que sempre feito para melhorar trabalham para agregar valor ao negócio completo e não somente para sua posição na empresa.

São, portanto, profissionais que se destacam por ser ousados, criativos e maduros para o cargo em que ocupam.

Eles ajudam a desenvolver uma gestão organizacional que permite a renovação das empresas e a recuperação mais rápida durante as crises, garantindo a sobrevivência no mercado.

O empreendedor corporativo é quem faz a chamada gestão participativa funcionar de verdade.

No post de hoje, vamos conhecer mais a fundo 7 características de um empreendedor corporativo:

  1. Visão sistêmica
  2. Senso de liderança
  3. Comportamento positivo
  4. Capacidade inovadora
  5. Ousadia
  6. Criatividade
  7. Foco

Agora, vamos falar de cada um delas…

1. Visão sistêmica

O empreendedor corporativo tem a capacidade de enxergar a empresa como um todo e entender como funcionam e se integram todos os seus processos internos, e como eles se relacionam com os processos externos.

Quando existe uma visão sistêmica da empresa, o colaborador consegue se posicionar na estrutura organizacional e compreender melhor o seu papel e o dos demais colaboradores. Dessa forma, ele contribui voluntariamente e sistematicamente para o sucesso de todos na empresa.

Todos os funcionários de uma empresa, principalmente os gestores, devem desenvolver essa visão sistêmica, para que o meio se torne mais colaborativo e integrado. Assim, eles conseguem representar melhor a organização e aprimoram instrumentos de administração, a capacidade de analisar, ponderar e avaliar os reflexos em todo o contexto empresarial.

2. Senso de liderança

Mesmo que ainda não tenha um cargo de liderança dentro da empresa, o empreendedor corporativo já apresenta essa característica.

O senso de liderança demonstra que o colaborador é curioso (no bom sentido) sobre todo o funcionamento do empreendimento e sabe ouvir as pessoas que estão dentro e fora de seu círculo. Ele também é ousado, criativo, sabe se comunicar de forma clara e respeitosa, tem caráter, coragem e encara a realidade optando sempre pela verdade. Ou seja, por ele ter um carisma entre a equipe, acaba servindo de inspiração para todos.

Existem quatro sentidos relacionados à liderança que devem ser praticados pelos empreendedores corporativos. São eles:

  1. Senso de urgência: pelo fato de alguns projetos e missões precisarem ser feitas logo, correndo o risco de não ter êxito, o senso de urgência aprimorado no líder é a chave para um serviço prestado com excelência.
  2. Senso de servir: um empreendedor com senso de liderança inclui os colaboradores em seus objetivos para formarem um time em que todos saem vitoriosos, elevando ainda mais o sentido do projeto pelo qual estão trabalhando.
  3. Senso de missão: é a capacidade de lidar com um objetivo ou meta como se fosse uma grande missão. O empreendedor corporativo sabe que até as tarefas mais simples contribuem para que a missão seja concluída com sucesso.
  4. Senso de responsabilidade: é a capacidade de saber que não apenas algo precisa ser feito, mas que o próprio colaborador precisa fazê-lo. O senso de responsabilidade com as próprias tarefas faz com que o empreendedor corporativo tenha uma aptidão a mais para desenvolver o seu trabalho da melhor forma possível.

Empreendedores que desejam desenvolver o senso de liderança precisam aproveitar as oportunidades que surgem e finalizar os projetos iniciados com competência, responsabilidade e dedicação.

Além disso, é preciso analisar as situações com uma visão ampla e profissional, sem deixar que problemas pessoais interfiram nas decisões. E, claro, ser o máximo proativo, que é uma característica fundamental de um líder, mas respeitando sempre o espaço dos demais membros da equipe.

3. Comportamento positivo

Ter comportamento positivo é uma postura característica do empreendedor corporativo. Ele conhece bem seus limites e respeita os demais colegas, contribuindo para que o clima organizacional seja saudável.

Outros sinais que podem indicar comportamentos positivos no ambiente de trabalho são:

  • Colaboradores que têm o hábito de refletir antes de falar, cuidando para que sejam interpretados da melhor forma possível.
  • Comprometimento com a rotina e com os resultados.
  • Maturidade emocional, não deixando que os problemas pessoais interfiram no trabalho e no relacionamento com os colegas.
  • Bom convívio e cooperação entre os profissionais.

4. Capacidade inovadora

A capacidade de inovar não significa, puramente, a criação de ideias mirabolantes e novas para a empresa. Um empreendedor corporativo é aquele sujeito que consegue melhorar processos simples do dia a dia, ou seja, ele aperfeiçoa o que já é feito. Ele é um constante questionador, mas de forma positiva, pois tem um olhar crítico e apurado para enxergar novas possibilidades em meio à rotina.

Ao contrário do que muitos pensam, ser inovador é uma capacidade que precisa ser construída no dia a dia, não nasce com a gente. E isso pode ser desenvolvido de uma forma natural com atividades simples, como a leitura constante, a prática de um hobby, uma viagem ou uma simples mudança na rotina para novas experiências. Dessa forma, essas ações refrescam a mente e ainda abrem as janelas da percepção.

Dentro da empresa, essa é característica que funciona muito bem em equipe. Durante os processos criativos, o dono da ideia é todo o time e, mais do que tê-la, é preciso saber como concretizá-la. Por isso, a capacidade de execução se destaca como uma importante habilidade do empreendedor corporativo.

Afinal, uma empresa não vive somente de profissionais inovadores, e é preciso haver um equilíbrio.

Enquanto a criatividade é definida pela capacidade de pensar em coisas novas, a inovação gera as coisas novas e valiosas, dando um olhar diferente para o que já é feito. Isso também se traduz em mais produtividade, menos custos e mais eficiência.

5. Ousadia

A ousadia é uma característica muito valorizada dentro das empresas. Quem “pensa fora da caixa” pode ter mais chances de construir uma carreira sólida nas organizações. É claro que estamos falando, aqui, sobre uma ousadia com limites; do contrário, o empreendedor corporativo pode ter problemas.

Ser ousado dentro da empresa significa que o colaborador:

  • Tem facilidade para expor novas ideias: ele diz o que pensa e traz novas ideias para que a empresa apresente os melhores resultados. Ter um profissional que traz um novo olhar aos processos com uma postura proativa ajuda a empresa a crescer.
  • Tem um perfil questionador: o empreendedor corporativo é curioso e quer saber como os processos são feitos. Ele contesta ou indaga os gestores e diretores sobre a realização dos procedimentos internos e externos, procurando entender a motivação e o objetivo por trás de cada etapa.
  • Tem disposição para enfrentar riscos: é comum dentro da carreira profissional, o enfrentamento a críticas, barreiras e resistência; mas o empreendedor corporativo procura não se abater com essas situações e segue sua jornada mirando no alvo, mesmo tendo medo de errar pelo caminho.
  • Ajuda a empresa durante as fases de mudança: como ele geralmente é o agente inovador na corporação, possui um perfil mais ousado e, por isso, consegue lidar melhor com as mudanças propostas pela empresa, sempre com a postura de ajudar e colaborar para que não haja grandes percalços nesse processo.

Quando falamos em limites, logo acima, significa que as organizações não buscam um profissional ousado que tenha atitudes como:

  • Ter desrespeito à hierarquia: nem é preciso falar o quanto essa atitude é tóxica e considerada uma ousadia acima do limite. Por isso, o empreendedor corporativo respeita seus superiores até nos pequenos gestos, como bater antes de entrar na sala, saber ouvir as críticas, cumprimentar e agradecer adequadamente, etc.
  • Não calcular os riscos: se o colaborador da empresa não sabe calcular os riscos dos processos adequadamente, ele corre o risco de passar uma imagem de irresponsável. Isso significa que ter a ousadia para arriscar é uma atitude valorizada, desde que se faça a mensuração de todos os riscos e tenha um planejamento detalhado de atitudes a serem tomadas para evitá-los ou minimizá-los.
  • Rebeldia contra as regras da empresa: não há nada de errado em questionar e querer compreender os motivos pelos quais alguns processos são realizados de uma forma e não de outra. Aliás, essa é uma atitude de um empreendedor corporativo. No entanto, quando esse questionamento tende a desenvolver um lado rebelde, acende-se um alerta.
  • Tomar decisões fora da alçada: ousadia que passa do ponto pode comprometer os processos organizacionais do empreendimento. Um empreendedor corporativo conhece bem suas funções e as dos demais colaboradores, e nem por isso ultrapassa os limites e passa a tomar decisões em nome da empresa sem ser incumbido dessa função.

6. Criatividade

Como vimos, criatividade e inovação tendem a andar lado a lado, pois é preciso de ideias que facilitem e mudem alguns processos durante a rotina corporativa. Um colaborador que tem criatividade acaba adquirindo certa autonomia, o que o leva a ter uma postura empreendedora.

Um perfil criativo sempre busca fazer algo diferente do que já tenha feito, soluções alternativas que quebram os padrões convencionais. Como a criatividade surge de muito trabalho e persistência, ela deve ser vista como uma ferramenta de uso constante no ambiente de trabalho, na busca pela resolução dos problemas e na criação de novos métodos que levem ao crescimento da empresa.

O sistema criativo pode ser aprimorado com a combinação de três características: a irreverência, o bom humor e a pressão. Outra dica é trabalhar o brainstorming, uma técnica criada em 1942 e que vem sendo renovada ao longo do tempo, visando a estimular a geração de ideias com a utilização de algumas técnicas, tais como:

Canvas

Técnica que estrutura modelos de negócios ou repensa produtos, serviços e processos já existentes na empresa. Dessa forma, é possível ter uma visão ampla e clara sobre os caminhos que se deve seguir e estimular a equipe a propor novas soluções para alguns procedimentos.

Na prática, o método se divide em nove blocos:

  • Proposta de Valor,
  • Segmentos de Clientes,
  • Canais,
  • Relacionamento com Clientes,
  • Recursos Principais,
  • Fontes de Receita,
  • Atividades-Chave,
  • Estrutura de Custos, e
  • Parcerias Principais.

O quadro é, então, dividido em dois hemisférios, o lado esquerdo, que se refere às questões mais lógicas, e o lado direito, que trata dos assuntos emocionais.

O Canvas é uma ótima metodologia para pensar em equipe, deixar as ideias mais claras e propor soluções criativas e inovadoras para o negócio.

Gamification

É a proposta de uma competição entre os colaboradores, em que o mediador lança desafios a serem superados e estimula a criatividade da equipe, a cooperação e a competitividade.

Na prática, a empresa oferece recompensas aos participantes que realizam algumas tarefas pré-determinadas e que, geralmente, são voltadas para a recomendação, a divulgação, a avaliação ou a captação de novos clientes para a marca.

Dessa forma, tarefas são definidas de acordo com os objetivos do empreendimento, assim como as regras e o monitoramento.

Ferramentas online

Ferramentas colaborativas podem ser utilizadas para uma colaboração conjunta – os funcionários lançam as ideias na nuvem e todos vão participando da elaboração de processos e metas.

Exemplos:

  • Google Docs: compartilhamento de documentos.
  • Chat empresarial: elimina a necessidade de algumas reuniões.
  • Vídeo conferências: permite a comunicação e a troca de ideias mesmo que seus colaboradores não estejam dentro da empresa. Também elimina algumas reuniões e otimiza o tempo.
  • Redes sociais corporativas: atualmente, existem softwares que funcionam como verdadeiras redes sociais internas, para a melhor comunicação e troca de ideias entre os colaboradores da empresa. Cada um cria o seu perfil e vai interagindo da mesma forma como nas redes sociais mais conhecidas, com a diferença de que a ferramenta é usada apenas pela empresa.

7. Foco

Empreendedores corporativos têm o foco como uma forte característica. Nesse sentido, ele não pode ser entendido como estar concentrado por um momento, mas sim, durante todo o tempo.

Foco é persistência e continuidade tendo como alvo os objetivos e as metas.

A fórmula é simples: planejamento + disciplina + continuidade = foco.

Em geral, um empreendedor corporativo que é focado tem uma rotina que o ajuda no cumprimento de suas tarefas. Ele, por exemplo:

  • É pontual
  • Elimina distrações.
  • Sabe priorizar as tarefas mais urgentes.
  • É organizado.
  • Realiza o trabalho priorizando a qualidade, e não a rapidez.
  • Cuida da saúde física e mental para uma vida mais equilibrada e de qualidade.
  • Consegue relaxar mesmo sob pressão.

Todas essas sete características de um empreendedor corporativo são desenvolvidas à medida que ele vai amadurecendo profissionalmente, e algumas podem ser mais evidentes que outras.

O importante é a empresa manter vivo o espírito empreendedor, por mais consolidada que ela esteja, para sempre sair do lugar comum e explorar novas possibilidades de crescimento.

Ah, veja também as habilidades essenciais para sucesso profissional.

E você, possui as características e habilidades de um empreendedor corporativo? Conheça também as competências necessárias para o futuro.

Gestão Empresarial
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